por Simone Zanotello de Oliveira
Muitos profissionais franzem a testa ou ficam nervosos
quando são informados de que haverá uma reunião logo mais. Mais por que essa
rejeição? Alguns a justificam por julgar que a maioria das reuniões é
improdutiva, que fica uma “falação” e nada se resolve, representando uma perda
de tempo. Mas será que o problema está na “reunião” propriamente dita, ou nas
pessoas que a organizam ou dela participam? Onde está a falha de comunicação?
Pois vamos analisar alguns pontos
que objetivam tornar as reuniões mais objetivas e proveitosas, cumprindo o seu
papel, que é o de estabelecer um ato de comunicação que visa a discutir e
resolver determinadas questões.
Primeiramente, uma reunião necessita
ser planejada. Se possível, envie previamente uma pauta da reunião aos
participantes, que também devem ser selecionados, evitando um grande número de
pessoas – afinal, é uma reunião e não uma palestra. O encontro deve conter 4
etapas: a) considerações iniciais – o que será discutido e a finalidade da
reunião; b) debate dos assuntos – ocasião em que as questões devem ser lançadas
e discutidas, buscando verificar uma solução para elas; c) conclusão – que diz
respeito às considerações finais sobre
as questões discutidas; d) recapitulação – que é o momento destinado a
esclarecer eventuais dúvidas que ainda pairem, e também para verificar quais
serão as próximas ações, quem serão os responsáveis e qual o prazo. Uma reunião
deve ter horário para começar e para terminar – pois isso é uma grande
reclamação das pessoas – “que as reuniões demoram muito”. E esses horários devem ser respeitados,
principalmente de início, evitando-se chegar atrasado.
A liderança da reunião também é um
ponto essencial. O condutor da reunião deve motivar a participação das pessoas,
fornecer informações para que a discussão tenha continuidade, delimitar o foco
da reunião para que não se “fuja” do assunto, manter a descontração – sem cair
na vulgaridade, é claro -, incentivar o grupo a dar opiniões, saber ouvir, cortar
as conversas paralelas, disciplinar o uso dos celulares, organizar as pausas
para o cafezinho, fazer com que o horário seja cumprido, evitar dar opiniões pessoais
sem embasamento técnico e manter a calma, a tolerância e a cordialidade em
situações de conflito que normalmente surgem. Outra situação que o líder de uma
reunião precisar saber trabalhar é com os diversos tipos de participantes: o
monopolizador, o desinteressado, o calado, o palpiteiro e o pessimista.
E quem participa de reuniões, tem um
papel importante? Sem dúvida. O participante de uma reunião, quando é
questionado, deve responder de maneira firme e objetiva - para isso é preciso
prestar atenção na reunião. Deve, também, falar com uma voz pausada e num tom
que possa ser ouvido por todos os demais participantes. Caso tenha algo
importante a acrescentar, “não pode
perder o bonde” e deve pedir a palavra – talvez esse momento possa representar
a chance para alavancar uma carreira profissional. Não se deve responder
perguntas que foram feitas a outras pessoas, a menos que não tenha havido
resposta. É preciso olhar para todas as pessoas enquanto se fala e ficar atento
em quem está com a palavra. E o principal: não se deve fazer trejeitos ou
cochichos enquanto outra pessoa estiver falando, mesmo que se discorde da
opinião dela – é necessário colocar esse posicionamento assim que ela terminar
de falar, mas sem ofensas e sem querer impor uma opinião pessoal.
E para ambos – líder e participantes
– não se deve esquecer de que a mensagem precisa ser transmitida de forma clara
e objetiva, sempre se cientificando de que as pessoas entenderam o que se quis
falar.
Bem, pense nesses pontos na próxima
reunião e melhore sua comunicação empresarial – isso pode representar um diferencial
na sua carreira.
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